A irritação é terreno perigoso sustentado consciente ou inconscientemente pelas criaturas sem atinarem para os prejuízos decorrentes de tal vício. Criando em torno do seu portador um campo de energias deletérias, perniciosas perturbam todos que conseguem influenciar_e o espírito atuando como potente magneto atrai as mentes encarnadas e desencarnadas que afinam com o ambiente medonho. O que era simples desagrado torna-se noite interminável de atritos e conflitos inquietantes. As vinculações são realidade que não podemos olvidar, as companhias são atraídas pelo teor dos nossos sentimentos gerando pensamentos que originam ações que nos auxiliam ou prejudicam aumentando ou aliviando nossas provas. A irritação sinaliza nossa incapacidade de perdoar faltas alheias, tolerar deslizes, desculpar os enganos do próximo e também as desatenções, carências, deficiências e insuficiências do irmão, como se fossemos perfeitos, isentos de erros. Muitas vezes a irritação origina-se na não aceitação da nossa posição na atual reencarnação: provas difíceis, limitações várias, frustrações afetivas, carências e desconfortos íntimos, esquecidos que, as provas são escolhas nossas antes de retornarmos a carne para reajustamento com a lei maior. O que nos irrita está em dissonância com  os desejos e aspirações do "homem velho", que teima em controlar nossa conduta. As circunstâncias são recursos testando nossos propósitos e compromissos assumidos antes de reencarnarmos. Herança dos reinos inferiores por onde o princípio inteligente estagiou não é mais necessária à sobrevivência humana, pedindo disciplina e controle das emoções. Essa exasperação fomenta discordâncias_é estrada larga enfermando o corpo, recrudescendo as provas, quiçá atraindo obsessões tenazes através das quais a lei trabalhará a criatura que abre mão de evoluir pelo amor, elegendo a dor como instrutora. Somente o Evangelho à luz da doutrina espírita promoverá a conscientização do ser de suas responsabilidades com o patrimônio físico e espiritual confiado ao homem pelo Senhor da Vida, para a multiplicação dos talentos em prol da glória do Pai. O irritadiço é candidato à solidão, afastando do seu círculo familiar e social os companheiros pela incompreensão do direito alheio de escolher o próprio destino. A convivência é campo luminoso para aquisição de valores enobrecedores do Espírito, na permuta constante de experiências entre criaturas de diversos graus de entendimento e interesses. O agastamento sem controle leva a criatura por caminhos sombrios e longa será a estrada de volta ao equilíbrio no aprendizado da mansidão. Não podemos olvidar o poder da prece como antídoto de ação imediata em favor da paz. O hábito de orar é recurso precioso ligando-nos ao Criador e aos espíritos que em seu nome auxiliam a humanidade. Se nos encontramos sob o jugo da lei de reparação, com limitações necessárias para o êxito da proposta renovadora, a prece não revogará a lei mas possui o magnânimo poder de aliviar e amenizar dores e angústias. Nova luz de compreensão banha-nos o ser por dentro na aceitação da nossa vida como Deus permite e pelos dutos da inspiração divina, agradecidos, rendemos graças ao Pai.      Espírito Angelina de Jesus.

A irritação a princípio dá-nos a sensação de vitória na solução dos desafios que nos incomodam_mas é ledo engano, só o amor soluciona as dificuldades da convivência, naturalmente voltarão exigindo nosso esforço no aprendizado do perdão, humildade, entendimento e trabalho na solução correta: transformando defeito em virtude, certamente com critério evangélico e muita paciência.    Espírito Agar.

A exaltação tem o desagradável poder de desestabilizar qualquer ambiente onde se manifeste_nos dois planos da vida_ criando situações conflitantes de longa e difícil solução.     Espírito Meimei

Enquanto a irritação é mecanismo inquietador e nos lança em terreno movediço, a serenidade leva-nos aos altiplanos das alegrias verdadeiras e permanentes, aproximando-nos suavemente do plano em que Jesus se faz mais vivo em nossos sentidos.         Espírito Irmão Jesuína.

Médium Áulio Benedito de Araújo.

Rio Manso(MG), 12 de maio de 2016.