Vencendo a si mesmo.
Vencendo a si mesmo.

" Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos e profanos."  2 Tm:3-2

  Se nossas vidas fossem raríssima flor, de singular beleza a exalar cativante perfume, nada mais justo seria que, seu néctar fosse o mais puro amor a alimentar indistinta e abundantemente toda e qualquer esperança, que lhe viesse à fonte fecunda, usufruindo ali em nome de Deus o alimento da fé operante. Entretanto, somos ainda projetos para a perfeição, em constante transformação, sob a proteção edificante de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na pauta das nossas obrigações intransferíveis, no contingente das próprias imperfeições, desvela-se em amor e misericórdia, iluminando nossos caminhos com a luz do conhecimento libertador. Se Deus, o Criador, é o provedor dos recursos imprescindíveis para nossa jornada, Jesus é o diretor, que distribui os benefícios, com bases no amor e merecimento de cada um. Mas, muitos de nós, ainda, nos satisfazemos com o conforto ilusório, no trono da iniquidade; ocupamo-nos, muita vez, com os deveres do próximo ocultando nossas milenares feridas necrosadas, sempre paliadas com os curativos da negligência. Já profanamos leis sagradas, deliberadamente_cultivamos paixões descabidas_ regamos a dor alheia com o fel do desprezo, olvidamos a obrigação do devedor que, amparado pela lei do esquecimento salutar e provisório, resvala em continuadas agressões à lei maior tergiversando e abdicando do direito de quitações com a mesma, em atendimento aos imperativos da evolução.  A felicidade que esperamos deve chegar sempre nimbada na luz do trabalho profícuo, sem o qual, o que temos são alegrias efêmeras, resultante das nossas investidas insanas contra o direito do próximo, subtraindo-lhe a paz e a harmonia, bens preciosos para seu equilíbrio.  Irmãos amados, estamos em uma nova era_ era do Espírito imortal_ na era da Verdade, que só aceita como paz verdadeira, a conquistada com esforço perseverante da boa vontade, na faina regenerativa desativadora de antigos conceitos danosos para a atualidade, transformando-os em qualidades promissoras e construtivas junto à coletividade. A proposta é nova e exige novos esforços para novo entendimento. A luz já está no mundo, todavia são poucos que dela assimila os recursos necessários a aquisição da ventura real. A felicidade real nos coloca em relação direta com a fonte do amor absoluto: Deus. Precisamos vencer a nós mesmos, libertando-nos dos grilhões milenares que suplantam os mais nobres desejos, nessa vida de lutas que nos levará às conquistas verdadeiras, na aproximação definitiva do Criador. Assim, ouçamos a voz de Jesus, nosso guia, entoando suave cântico em nossa intimidade, ressonando em nossos corações, no convite a participar da plêiade dos seus trabalhadores leais no compromisso da estruturação definitiva dessa nova era, de fecundo crescimento, em verdadeiro aprendizado e prática do bem sem fronteiras. Para vencer a nós mesmos, precisamos primeiro conhecer nossos defeitos, e depois enfrentá-los com humildade, sempre contando com a ajuda do Mestre Nazareno, em toda abrangência de sua divina simplicidade. Nessa nova proposta será sempre nossa a iniciativa do primeiro passo, para que os seguintes sejam envolvidos pelas vibrações de ânimo dos emissários do Bem, supervisionados sempre por Jesus, trabalhadores em ação nos dois planos da vida. Assim, nobres companheiros de ideal, diante da realidade que nos toca, aceitemos as singelas páginas de incentivo, nesse novo compêndio mas de velhas verdades, lembrando sempre de que o novo empreendimento foge das pretensões vaidosas, de quantos se julgam donos da verdade absoluta, que pertence unicamente a Deus. Reaproximemo-nos dessa realidade que tem sido causa de angústias e dores para aqueles desprevenidos, esquecidos da finalidade da vida. Nada de novo a não ser o magnetismo salutar dos mensageiros que aqui deixam seus consoladores pensamentos, cumprindo com o ideal de servir sempre, em nome do Cristo de Deus.                                               Bezerra de Meneses.

 

 Médium Áulio Benedito de Araújo